Nesta edição:

Abril 24, 2008

Cultura:
World Press Cartoon Sintra 2008
Cinema Social e dos direitos humanos

Desporto:
FC Porto e Sporting na final da Taça de Portugal
Michael Jordan: The King

Nacional:
Corrida Terry Fox

Reportagem:
Boavista: A queda de um gigante

Tecnologia:
Portugal recebe Grand Theft Auto IV em edição especial

Opinião:
É uma questão de educação, por Nídia Faria

Na 16ºedição:

Fevereiro 24, 2008

Cultura:
Tudo sobre os óscares
Razzies Awards

Desporto:
A prestação das equipas portuguesas nas competições europeias de Hóquei em Patins
Análise às ligas profissionais de futebol
Análise às competições europeias de futebol
Judo:João Neto em Pequim
Stijn Devolder vence Volta ao Algarve em bicicleta
Pedro Figueiredo vence Open de Portugal em Golfe

Internacional:
Raúl sucede ao irmão Fidel
Polícia saudita detém mulher por conversar no café com um colega

Nacional:
Lisboa: 360 inundações em casas

Cheias em Loures dão prejuízo de 21 a 25 milhões de Euros

Lisboa: 360 inundações em casas

Saúde:
Programa de computador detecta Alzheimer

Edição Especial O Online

Fevereiro 24, 2008

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O Online vai acompanhar a 80.ª Edição dos Óscares da Academia minuto a minuto.

O que têm a dizer as nossas especialistas?

Siga em http://oscares2008oonline.wordpress.com

Editorial: O país meteu água

Fevereiro 24, 2008

Miguel Pereira*

Segunda, 19 de Fevereiro. Um português comum acordava, arranjava-se, e preparava-se para ir para o trabalho. Ao arrancar o carro e depois de conduzir cem metros, verifica que a cidade está repleta num caos. Uma longa fila de carros a apitar, as estradas inundadas e pessoas a tentar evitar que a água entrasse para as suas casas.

Se por transporte próprio era difícil circular, as coisas também não estavam melhores nos transportes públicos: os autocarros tiveram imensas dificuldades em cumprir horários, o metropolitano de Lisboa teve algumas estações encerradas e a Linha de Comboios do Sado teve alguns problemas de circulação.

Já não chovia tanto na capital portuguesa desde 1983, o que provocou as piores cheias dos últimos dez anos. Os danos foram por demais evidentes: mortos, feridos, casas destruídas, carros submersos … Durante toda a segunda-feira, a protecção civil esteve incansável, recebendo diversos pedidos de auxílio por toda a zona metropolitana de Lisboa.

Agora não é altura de dizer que a culpa é das autarquias, como disse o Ministro do Ambiente, ou que a culpa é dos Ministério do Ambiente, como retorquiram os autarcas afectados pelas cheias. Neste momento, há que avaliar os estragos e arranjar soluções para os mesmos.

Com as cada vez mais frequentes ondas de calor, situações destas poderão repetir-se com frequência no futuro e de forma ainda mais grave. Portanto, é necessário desde já começar a preparar as cidades. É verdade que não podemos evitar as fúrias das mãe natureza, podemos, contudo, fazer de forma a que no futuro os estragos sejam menores. É preciso urgentemente melhorar os sistemas de drenagem e de saneamento básico, com limpezas e manutenções frequentes, e também evitar construções nos leitos das cheias, porque medidas como estas permitirão que os estragos sejam menores no futuro.

*Sub-director

Venha 2008

Janeiro 6, 2008

O ano de 2007 já ficou para trás. Chegamos a um novo ano que, ao que tudo indica, será mais respirável, mas continuamos a caminhar rumo a um futuro incerto. O balanço do ano que passou não se pode dizer que tenha sido muito positivo. O pessimismo dos portugueses continuou a aumentar à medida que iam apertando o cinto e o descontentamento instalou-se fruto de algumas medidas impopulares aos olhos dos portugueses.

Consequências desse descontentamento, ou não, viriam a circular informações pouco abonatórias para o Primeiro-ministro. Havia suspeições de que não haveria concluído a sua licenciatura e que alegadamente teria sido beneficiado por alguns professores da instituição que frequentou: A Universidade Independente, a mesma que viria a fechar portas meses depois.

O ano de 2007 trouxe consigo um dos casos mais mediáticos de sempre: O desaparecimento de Maddie McCann, uma criança inglesa que passava férias com os pais na Praia da Luz, Algarve. A “história” de Maddie continua por escrever, podendo haver novos desenvolvimentos durante este ano.

O ano de 2007, foi também o ano da presidência de Portugal no Conselho da União Europeia. Lisboa foi palco da cimeira EU- África que juntou os principais líderes africanos que juntamente com os europeus procuraram estabelecer planos de cooperação entre os dois continentes. E foi, também, nome de Tratado! A 13 de Dezembro, no Mosteiro dos Jerónimos, nascia o Tratado de Lisboa.

Estes foram alguns dos assuntos de carácter nacional que marcaram 2007. O nosso jornal teve oportunidade de assistir a alguns, tentando sempre que possível aprofundá-los com todo o rigor que se lhe exige, e esse é o nosso desejo para o que ai vem em 2008. Esperamos sempre poder estar lá no momento certo à hora certa, cumprindo com o nosso dever.
A todos os nossos leitores desejamos um feliz ano de 2008

Fábio Canceiro
Sub-director

Editorial: Onde pára o espírito Natalício?

Dezembro 24, 2007

Marisa Alexandra Batista

Estava o mês de Novembro quase a chegar. Vinda do Casino Estoril e saída na estação do Cais do Sodré, decidi caminhar a pé até ao Chiado. Gosto de caminhar por aquela zona da cidade. É algo que me faz sentir bem. Chegada ao Largo Camões os homens, ao serviço da Câmara Municipal de Lisboa, já montavam as iluminações de Natal.

Nesse dia fazia muito calor. Mas que ironia esta! Está calor e já se montam as decorações de Natal. Os efeitos do aquecimento global estão aí e o calor continuou por dias a fio, quando sempre me disseram que o Natal acontece nos dias de frio.

Hoje, é véspera de Natal. Passaram-se algumas semanas desde esse dia em que passei pelo Chiado. Continua sol, mas já faz frio. As lojas estão cheias de decorações natalícias e já há uma árvore de Natal na minha sala. Assim como as peúgas penduradas na lareira. Por estes lados, já ninguém acredita em Pai Natal e acho que posso mesmo dizer que já ninguém acredita em coisa alguma.

Contrariando o bom-português comecei a comprar os presentes em Novembro. Escolhi tudo e tive tempo para pensar em todas as alternativas. Comprei uma lembrança para cada uma das pessoas que preenchem a minha vida. Uma prenda, uma única prenda. Porquê? Porque sempre ouvi que o Natal era uma época de reunir a família e de dar uma lembrança.

Hoje, pela manhã, dei uma volta pelo meio bairro. De mala a tiracolo e de anorak vestido, lá fui eu. Os parques de estacionamento das superfícies comerciais estavam lotados e havia trânsito para entrar nestes recintos. Muitos são os que aproveitam a última hora para comprar uma prenda ou, até mesmo, todas as prendas.

No dia 21, deste mês, foi lançada a seguinte notícia: Os portugueses já gastaram 1547 milhões de euros em compras nos 18 primeiros dias de Dezembro. Contas feitas ao segundo dá 29 operações que correspondem a um gasto de 995 euros (por segundo), de acordo com o ‘Semanário Económico’.Tudo isto me parece disparatado. Será preciso gastar o dinheiro do banco, mais o do mealheiro e o plafond de todos os cartões de crédito para mostrarmos aos outros que pensamos neles?

Volto a repetir: hoje, é véspera de Natal e não sinto o espírito. Não tenho vontade de abrir presentes, nem de ir às lojas. Hoje, ficaria satisfeita apenas por me sentar à lareira com a minha família, beber uma chávena de café e ficar a contar histórias ou simplesmente a comentar as coisas que passam na televisão. O Natal precisa deste tipo de magia. Não é preciso dar muito ou pouco. Interessa é que não falte aquilo que falta durante todo o ano, ou seja, o convívio, a amizade, o amor e o carinho.

Sei que posso estar a parecer paternalista, sem pretender sê-lo. Peço-vos apenas para repensarem no que estão a fazer a esta época que se diz ser marcada pela tradição.

A todos vós, um feliz Natal cheio de paz, saúde e alegria.

*Directora

Editorial: Lisboa é nome de Tratado

Dezembro 16, 2007

Miguel Pereira*

A passada quinta-feira foi um dia importante para a história portuguesa e da União Europeia. Foi assinado o Tratado Reformador da União Europeia, que ficará conhecido na história, simplesmente, como Tratado de Lisboa.

Daqui a uns anos, quando os estudantes nas escolas, ao longo do velho continente, estudarem a história da União Europeia, saberão que foi na capital portuguesa que se assinou um Tratado que pretende dar um novo rumo a um grupo que pretende ser uma potência mundial.

Lisboa “vestiu-se” a rigor para receber os grandes líderes europeus. Neste dia importante, as principais redes de transportes públicos da capital, a Carris e o Metropolitano, eram à borla, bem como grande parte dos museus lisboeta. Esta medida tinha como objectivo que, neste dia histórico, os alfacinhas passeassem gratuitamente pela cidade e visitassem os elementos culturais que Lisboa, que é agora dá nome a um Tratado, tem para oferecer.

Todos os líderes dos países da UE quiseram estar presentes, desde de Sarkozy, passando por Ângela Merkel, acabando em Gordon Brown, que só chegou a terras lusas pela hora de almoço.

A assinatura do Tratado em si, porém, foi um momento mais simbólico que importante. As cimeiras que passaram por Lisboa ao longo dos últimos meses acabaram por ter maior importância, nomeadamente a Cimeira da UE, no mês de Outubro, em que, na madrugada do dia 19, José Sócrates anunciou que havia acordo para um Tratado Reformador.

Conseguir que este acordo fosse obtido em Lisboa foi uma clara vitória da presidência portuguesa, no semestre em que liderou os destinos europeus. Muitos podem criticar o facto de o governo ter-se dedicado mais à UE nos últimos meses do que aos destinos do país. Mas há que dar os parabéns há a José Sócrates, que contou com a colaboração de Durão Barosso, pela perseverança em pôr Portugal no primeiro plano da mesa das negociações e ao fazer com que Lisboa seja nome de um Tratado.

*Sub-director

Editorial – Cimeira UE- África- Onde pára a nossa Democracia

Dezembro 9, 2007

Cerca de dez milhões de euros é quanto vai custar a Cimeira UE- África que reúne este fim-de-semana os principais líderes africanos em Portugal. Devo confessar que apesar de ser um adepto da diplomacia, desagrada-me profundamente saber que Portugal vai receber no seu território, com toda a pompa e circunstância, tão vis ditadores! Ainda mais sabendo que fora da cimeira irão ficar assuntos chave como os direitos humanos, nomeadamente a crise humanitária do Darfur. Em vez disso discutir-se-á assuntos de cariz económico e geoestratégico. A passividade dos grandes líderes europeus perante as grandes crises humanitárias é deveras preocupante. Entendem que não se devem incomodar com questões tão “banais” e fecham os olhos a essas realidades.
Os dez milhões de euros gastos devem ser criticáveis exactamente por servirem apenas os interesses dos grandes e não o daqueles que sofrem todos os dias vítimas de todo o tipo de tortura e perseguição. Fala-se sobre tudo menos sobre aquilo que se deve.
Faço questão de deixar aqui um pequeno currículo de alguns dos líderes africanos que vêem até ao nosso país. Todos eles têm em comum o rastro de sangue e violência que espalham atrás de si:

ROBERT MUGABE – ZIMBABWE – Com 83 anos, é presidente desde 1986. O regime é acusado de detenções arbitrárias e tortura.

MUAMMAR KADHAFI – LÍBIA – De 65 anos, ocupa o poder desde 1969. Financiou o terrorismo. É acusado do desaparecimento de presos políticos.

MELES ZENAWI – ETIÓPIA – Tem 51 anos e é primeiro-ministro desde 1995. Polícia é acusada de tortura. Existem centenas de presos políticos.

PAUL BIYA – CAMARÕES – De 74 anos, é presidente desde 1982. É considerado um dos países mais corruptos do Mundo. Tortura é frequente.

OMAR AL-BASHIR – SUDÃO – De 63 anos, é presidente desde 1993. É considerado o pior ditador do Planeta. Extinguiu o Parlamento e os partidos.
Estas são algumas das personalidades que vão passear-se durante este fim-de-semana pelo nosso país. Isto além de me deixar com algumas náuseas deixa-me ao mesmo tempo envergonhado com a sociedade que temos. Onde estão os valores democráticos em que assentam as sociedades ocidentais? Estarão reflectidos nesta verdadeira “feira de vaidades “, onde reina a “diplomacia do copo e do croquete?”

Fábio Canceiro

Sub-director

Video da semana

Dezembro 9, 2007

Destaques desta edição 11ªedição

Dezembro 9, 2007

Cultura:
Lusomundo lança DVD inédito
Natal em Lisboa
Cinema pelos Direitos Humanos
Polémica rodeia a estreia de A Bússola Dourada
Os Americanos anteciparam-se

Desporto:
Análise às ligas profissionais de futebol

Nacional:
Centros Comerciais sem fumo em 2008

Opinião:
Ao sabor das palavras, por Nídia Faria

Internacional:
Nova Constituição pode mudar capital da Bolívia

Economia:
Governo anuncia novas medidas para os PPR

Saúde:
Segredo para a cura do Cancro pode estar nos produtos naturais

Suplemento de Poesia:
Acalentar meninos, de Teófilo Braga